Catarina Martins participou na tarde deste domingo num almoço de solidariedade, promovido pela estrutura local do Bloco, que reuniu trabalhadores do Casino despedidos em 2014 e que desde então reivindicam, em tribunal, a sua reintegração.
"Tem sido uma luta muito dura, que temos acompanhado e mostrado o maior do respeito, e pela qual somos gratos porque dão um exemplo ao país. Nunca percebi como era possível despedir pessoas por serem delegadas sindicais ou estarem na Comissão de Trabalhadores", assinalou a coordenadora bloquista.
"Portugal continua a ser um país onde os despedimentos são demasiados e baratos"
o deputado José Soeiro elogiou a "resistência demonstrada pelos trabalhadores do Casino da Póvoa” e afirmou que "Portugal continua a ser um país onde os despedimentos são demasiados e baratos".
"Temos conseguido algumas alterações à lei laboral para travar o assédio moral e a humilhação, porque a chantagem de alguns patrões continua a ser abusiva. Não pode haver uma lei cretina que amordace os trabalhadores. Temos de alterar isso e dar mais dignidade ao trabalho", frisou.
"Não pode haver trabalhadores descartáveis, é preciso haver ética”
Victor Pinto, dirigente na estrutura do partido na Póvoa de Varzim, assegurou que o Bloco continuará a acompanhar a situação e a apoiar, não só este grupo de trabalhadores, como os que continuam a trabalhar no Casino da Póvoa.
"Não pode haver trabalhadores descartáveis, é preciso haver ética. Muitos dos que foram despedidos acabaram substituídos por outros trabalhadores, mas com vínculos precários, e também esses terão sempre o acompanhamento do Bloco", destacou.
"Esperamos que os juízes do Tribunal da Relação sejam também justos e céleres"
Luís Silva, um dos trabalhadores despedidos do Casino da Póvoa, relatou os tempos de incerteza vividos nos últimos 5 anos, apontando que a recente sentença judicial para a reintegração "deu alento após tempos difíceis".
"Durante 21 anos contribuí para o desenvolvimento da empresa, e depois fui substituído sem justificação e ficando com a vida em suspenso. Valeu o apoio dos amigos, familiares, sindicatos e de alguns partidos. A recente decisão do Tribunal de Barcelos deu-nos força, e esperamos que os juízes do Tribunal da Relação sejam também justos e céleres", contou.